(...) Tu sabias que eu adorava escrever sobre tudo o que via, o que sentia, que detalhava tudo ao pormenor. (...)
Ao partir levas-te a melhor parte de mim contigo, quer dizer, acho que levas-te mesmo tudo contigo. Soubeste arrancar tudo de mim para que não me aguentasse forte por muito tempo.
A escrita agora é apenas uma tentativa de libertar tudo o que percorre a minha mente, esperando que mais dia, menos dia volte ao que era. Ainda tenho todas as historias que tentei escrever para ti, todos os papéis que me acompanharam nas noites em que as lágrimas declamavam vitoria perante o meu orgulho. E assim, pelo facto de não estar bem emocionalmente, satisfeita para comigo mesma, digo que não gosto do que faço, do que escrevo, do que vejo, do que oiço e fazendo com que os meus olhos observem um ser feio quando me vejo no espelho começando de dia para dia a desvalorizar-me mais, a não saber aproveitar cada momento da vida.
Não sei ser forte o tempo todo, há quem ainda me dê um elogio positivo mas é logo descartado assim que o pronunciam devido ao estado negativo que se impõem na minha mente.
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